(Detalhe da porta de um oratório)
Não vou aqui fazer nenhuma dissertação sobre este dogma, dos mais populares da Igreja, tão aceito quanto debatido e que, se faz quebrar a cabeça de um Tomás de Aquino, faz também arder, como que saudosos, corações de pedra de reformadores como Lutero, Calvino e outros... Faço apenas uma humilde homenagem a esta Mãe tão querida ao tentar retornar ao blogue..,
Primeiro esta peça erudita, Portuguesa certamente.
Madeira policromada e dourada, Possivelmente do final do XVIII.
A policromia da parte da frente foi bem mexida.
Já peguei assim,
As mãos, como falei da primeira vez que mostrei,
estou colocando ainda,
Este Oratório também é erudito.
Acho que um D. José.
Jacarandá avermelhado.
Faltam as portas.
A Cômoda peguei agora. Toda em Canela e muito bela.
Entalhes hiper acabados. Fora de moda mas adoro.
Aqui uma imagem de fatura mais ingênua.
XVIII final ou XIX início.
Madeira policromada (repintura mais ou menos recente)
Madeira policromada (repintura mais ou menos recente)
Talvez haja uma bela policromia original ou mais antiga,
Pena que a decapagem profissional seja tão custosa.
Coroa de alpaca.
Pena que a decapagem profissional seja tão custosa.
Coroa de alpaca.
Talvez Mineira,
Mas de repintura Baiana.
O Oratório peguei depois.
Mas de datação, estilo e talvez origem bem próximos desta Imagem.
Parece que foram feitos um para o outro.
Parece que foram feitos um para o outro.
Este vaso é da primeira produção de
Luis Salvador quando chegou ao Brasil. Tão português quanto chinês...
Na verdade é um reservatório de água.
Sem tampa e de base quebrada.
Mas muito lindo mesmo assim. Eu acho. Peguei na feira.
Deixo ele aqui porque a ponta do florão invertido da peanha do oratório
o protege de uma possível queda.
Deixo ele aqui porque a ponta do florão invertido da peanha do oratório
o protege de uma possível queda.
Aberto
E fechado.
Faltam elementos como molduras e capitéis internos,
Também uma peanha lateral.
Este ramalhete de rosas
se multiplica simetricamente em ambas as portas do oratório.
Por isso pensava que fosse papel de parede.
Fiquei sabendo depois que é feito assim
por estêncil.
por estêncil.
Bela e majestosa Senhora.
E cinco cabeças de anjos
em pretensa simetria.
Minhas Imaculadas.
Madeira, Terracota... E uma de gesso dos anos 70.
Tão querida por ser de minha querida Vovó Leontina .Que mora no Céu agora.
Trouxe de Aparecida quando foi em romaria com o Vovô Arlindo, também no Céu.
Tenho deles um Oratório bem ingênuo e sóbrio mas precisa de reparos.
Pena que a câmara estava desregulada.
Não sei mexer direito para melhorar as imagens.
"Que esta Mãe tão pura e bela
Nos faça encontrar a janela
Para vermos o Bom Deus que deu a Ela
A Chave perdida pela outra Mãe.
E que afugente de seus pobres filhos
O medo da antiga serpente
Que faz de toda gente
Tão maldosa onde fora inocente.
E que de tanto olhar pela janela
Que se nos abra a Porta do Céu
Onde Ela mora agora
Junto ao Bom Deus de toda história"
Os dois oratórios são interessantes, sobretudo o segundo, que é uma peça lindíssima. Talvez seria preferível que não o mande restaurar, pois está muito bom; um restauro poderá fazê-lo perder este ar de autenticidade algo ingénua que possui e que lhe confere a beleza que o carateriza.
ResponderExcluirQuanto ao primeiro oratório, a madeira é muito boa, pois creio que corresponde a uma das muitas espécies daquilo que denominamos de "pau-santo", com um trabalho de talha algo rústico, mas que é bonito.
Gosto da sua primeira imagem, que realmente me parece do XVIII, apesar de não ser um conhecedor da escultura religiosa, e parece-me que está muito bem adequada ao espaço onde a colocou.
Envio-lhe os parabéns pela forma como colocou estas peças
Manel
Querido Manel
ResponderExcluirAndo sumido, como sabe. Mas tento voltar a postar.
Não tenho feito com mais frequência nem tanto pela saúde. Há razões mais triviais mas que emperram esse trabalho. Máquina obsoleta, rede lenta... e também um motivo mais forte. Como já disse, o que aqui posto é uma espécie de tombamento particular, de peças de que não quero me dispor. Mas um aperto aqui e ali e já se foram por exemplo um par de tocheiros e uma lâmpada votiva do tipo Sabará em prata de lei... Então tenho muita coisa que se posto fico com pena de me desfazer. Agora mesmo me vejo obrigado a repassar umas peças dentre as quais um oratório ou outro mesmo um tão querido daqueles pequeninos, comprometendo assim minha postagem prometida a Você e a outros destas peças.
Estes 2 oratórios são das últimas aquisições. Acontece o seguinte: quando não temos nenhum dinheiro livre, eles estão até em conta e quando temos algum, disparam no preço: Mineiro, D. José, etc... Ou seja, tenhamos ou não dinheiro, são difíceis de adquirir.
Mas este que gostou mais não chegou aos 3 dígitos e olha que já vi deles dispararem por aqui.
A primeira Imaculada, da Terrinha com certeza, é muito bela mesmo. E a segunda, da Terrinha de cá, também tem seu encanto. Pena que muito repintada.
Esse post embora seja uma simples homenagem à Nossa Senhora é mais um para alternar o assunto. Quero postar umas louças, ms como nos selos da meninice, tenho me perdido em várias direções. Mas uma predomina: as faianças portuguesas, sobretudo os grandes vasos SAVP ou as estátuas. Tenho perseguido essas peças ms os grandes comerciantes não deixam a gente pegar. Em suas lojas uma fortuna, nos leilões sempre a dar lances, proibindo os coitadinhos de plantão que ficam a espera de migalhas... Tem cada história que renderia uns bons capítulos.
Um abraço e obrigado por estar comigo a tanto tempo, mesmo quando me demoro tanto.
ab
Adorei os seus oratórios, sobretudo o segundo, com as suas belas portas. Também sou da opinião do Manel. Se fosse a si não lhe mexia muito. As marcas que o tempo lhe deixou são muito poéticas e os restauros nestas peças ou são muito bem feitos, ou estragam a autenticidade das peças.
ResponderExcluirPor cá os oratórios e maquinetas também são caros, embora com a crise baixaram de preço. Eu tenho um, herança de família, estilo D. Maria, coisas dos últimos anos do XVIII, com um Menino Jesus, Salvador do Mundo, já do XIX. Ando a namorar o Manel, para que lhe faça um pequeno restauro.
É curioso, que o seu segundo oratório, sobretudo as portas, é de um estilo muito parecido com um que existe em casa da família da minha mãe. São os dois de uma época em que Portugal e o Brasil ainda eram o mesmo País.
um abraço
Querido Luis,
ExcluirObrigado.
Estou em plena enchente no meu bairro, ilhado e levantando tantas tranqueiras e velharias tanto o quanto posso...
Quando as águas derem trégua vou editar este post p Vc e o Manel verem melhor o oratório de que tanto gostaram.
E fico devendo ainda a devida atenção ao seu Velharias, original e tão inspirador neste mundo caótico e tão carente de beleza, afeto, bom gosto e todo bem. Isso mais mais pela da mão do homem que da potestade da natureza.
Um abraço.
ab
Caro Amarildo muito obrigado pela partilha dos seus pertences, cómoda, oratórios e arte sacra, seja em dobro pela estética, a criatividade como os expõe, que lhes realça mais encanto deixando o observador extasiado. Parabéns pelo seu afinado gosto e sorte em as encontrar.
ResponderExcluirUm abraço
Isabel
Querida Isa,
ExcluirMinha máquina só funciona quando e como quer. Daí estes meus atrasos E com relação ao seu Blog não tem jeito mesmo. Só vejo os tópicos. Mas vou criar juízo e tentar arrumar uma que funcione melhor.
Obrigado pela visita e apreciação.
Um abraço.
ab