domingo, 13 de abril de 2014

LOUÇAS: UMA PAREDE QUASE INTEIRA PORTUGUESA MAS CADA PEÇA É QUERIDA EM SUA SINGELEZA...



Peço desculpas pelas fotos, por não virar todos os pratos, nem espanar ou tirar os arames... Nem medir também.



 O medalhão do alto é uma faiança  inglesa. Se intrometeu aí por sua pura beleza.
A gravura é destas devocionais (acho que francesa) mas muito bela.




Mas é este singelo prato que gostaria de destacar.




Antigo. mas não sei o quanto...




Seria flor de morangueiro?




Aqui uma coisa que ainda não vi em louça de cozinha. 
Esta ramagem branca mais forte sobre um fundo branco mais tênue.




Outro que deve ser português também.




Também velho.




Mais um. Bem singelo.




Toda cara de Portugal.



Uma moldura de telhas de beiral.



Se parecem muito com a louça de Santo Antônio do Porto.
 Mas talvez sejam de Itaipava. São feitas de  uma cerâmica bem leve...




Vi este pobre prato (brasileiro de cara)
 rolando na parte do "Lixão" da Pça. XV por mais de 1 ano (sem exagero) ao preço de R$ 2,00.
Por fim conquistou-me e veio morar comigo...




Tem uma marca mas nada descobri. 




Este outro também veio de lá. Sem pai nem mãe mas gostei igualmente.



Decoraram também o verso.


Um



Dois...




Três. 
Todos Carvalhinho neste trio português.
Os dois primeiros decorados com paisagens do Rio.




As colunas de balaústre são certamente de Itaipava, mesmo sem marca alguma.



 Aqui a foto de alguns poucos pratos que me sobraram 
num desastroso despacho pelos correios...



Cada um dos doze bowls trazia um ditado diferente.



Deve ser Alcobaça...



E da Madeira veio esta fofura...




Todo imponente...



E tão doce. 
Mesmo sendo de produção farta da Ilha da Madeira e todo maltratadinho...
(os adereços são emprestado de um "de madeira"...)



"QUE O PODEROSO E TERNO OLHAR DIVINO NOS GUARDE DE TODO MAL"





9 comentários:

  1. Caro Amarildo parabéns uma boa coleção e diversificada de nui bom gosto e requinte. Amazing.

    O 1º prato ao centro a decoração é mesmo a flor de morangueiro com a faixa de Roun em forma estilizada, julgo será fabrico estrangeiro pela barra adamascada séc XIX (?)

    A 2ª peça bacia evidencia fabrico de Coimbra cópia de decoraçõe produzidas no sec XIX -, mas a sua peça da 1ª metade séc. XX (?).

    O 3º pratinho de decoração singela é de uma das muitas fábricas de Aveiro com segurança. No tardoz tem o 2º anel do frete.Prima metade do séc. XX.

    4º As telhas de beirado são 99% com segurança Santo António do Vale da Piedade em Gaia precisamente pelo que falou -, pela leveza, uma das carateristicas da loiça desta fabrica, além do esmalte brilhante a leveza das peças e o relevo.
    5- Marcado não sei se portugues ou brasileiro, anos 60/70(?) das muitas fabriquetas que proliferaram na época com pintura manual.
    6- Aveiro da mesma época do anterior.
    As peças que se partiram algumas julgo sem engano (?) que a marca é da fábrica Constância de Lisboa anos 40 (?)

    Não sei se ajudei alguma coisa...Sou muito prática, opino sempre, há quem não apreciei esta minha atitude de falar sobre loiça não marcada, mas tem de se tentar por pontos e linhas até chegar perto, sempre melhor que nada fazer, o que penso, mas respeito a opinião dos demais.
    Tudo a correr bem.
    Beijos
    Isabel

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  2. Querida Isabel,

    Muitíssimo obrigado pelas observações.

    Eu poderia jurar que o primeiro prato era português. Mas não ficarei muito triste se se provar ser francês. Gosto deles também.

    E que bom que as telhas possam ser Santo Antônio, Por aqui, SAP sempre é sinal de bom gosto, raridade.e requinte até. Embora junte minhas velharias por motivos mais profundos.

    Também penso que a louça de caldo seja dos anos 40.

    Fico feliz pela possibilidade de mais alguns desses pratos serem portugueses (Aveiro, como você cogitou).

    Em outra ocasião vou postar as peças da Sacavém e Vista Alegre. Pouca coisa ainda. Mas dá para apreciar.

    Um agradecido abraço.
    Sua atenção foi maravilhosa.

    Amarildo

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  3. Amarildo

    Encantei-me com o primeiro prato, vagamente inspirado na faiança da cidade de Rouen, ou se preferir em português, Ruão. Nunca tinha visto nada igual. Também não sei se será português, mas não lhe falta encanto.

    Também gostei dos telhões. De facto Santo António de Vale da Piedade celebrizou-se a fabricar estes telhões, mas não sei o suficiente para me pronunciar. Não gosto de ser sentencioso.

    Um abraço

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  4. Também Querido Luis,

    Muito, muito obrigado.

    Preferiria que este tal belo prato fosse português. O dono do brecho dizia CIA das Índias, para justificar o preço, eu pensava em faiança portuguesa, para justificar a compra e Vocês me trazendo a possibilidade de Ruão.
    Mais uma vez (como o Galheteiro) França e Portugal em disputa. Mas esta não faz mal a ninguém.

    Queria muito a opinião do Manel, mas ele não tem blog e a gente vai se comunicando obliquamente. Se bem que devo agradecer pelas apreciações que já me fez.

    Mas neste post talvez ele ralhe com as telhas fora de seu telhado, como as coleções de azulejos soltos ou, quando muito, tampos de mesa...
    Mas acho que de seus belíssimos murais ele pense diferente.

    Não discordo dele quando diz que muitos desses elementos se perdem fora de seu contexto.
    Mas o que posso fazer se adoro essas telhas? Em muitos casos, seus originais suportes (casarões tão belos) já ruíram completamente.

    Por dois leilões seguidos perdi destas telhas (transformadas em bengaleiros na junção de três).

    A louça de SAP já bem conhecida nossa e há uma característica em muitas peças que consiste numa decoração que parece ter sido feita com canetas para quadro acrílico. Estas telhas têm essa aparência. A MIsa tb acha que pode ser SAP. Eu pensei primeiro em Itaipava. Mas se for Santo Antônio, será ótimo.

    Mais uma vez, muito obrigado.

    Um abração.
    Amarildo

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  5. A Maria Andrade e o Fábio Carvalho publicaram várias informações nos seus blogues sobre esses telhões. Experimente consulta-los.

    O Prato é influenciado pela faiança de Ruão, o que não quer necessariamente dizer que é francês. Agora, Companhia das Índias não é de certeza.

    Abraço

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    1. Luis,

      Também já pensei nisso. Muita coisa era permutável entre os países.
      E depois da opinião da MA vou procurar modelos da Miragaia e Viana e ver se encontro alguma coisa semelhante.

      Abraço.

      Amarildo.

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  6. Caro Amarildo
    Adorei o seu primeiro prato, com a flor de morangueiro, assim como os telhões que também acho serem SAVP.
    Concordo com o Luís que o prato não pode ser Cª da Índias porque é nitidamente faiança e não porcelana, mas quanto à decoração, pretende copiar um certo tipo de porcelana chinesa de encomenda, não só pela faixa, mas por aquele efeito de “blanc sur blanc” da aba.
    O mais próximo que vi em faiança foi um prato de Miragaia que está no catálogo “Fábrica de Louça de Miragaia”, na p. 195, mas também há loiça de Viana em azul claro com decoração a branco.
    Mas quem sabe se o prato é português? Eu gostaria que fosse e se calhar o Amarildo também...
    O Menino Jesus é lindo!
    Um abraço e obrigada pela partilha dos seus tesouros.
    Maria Andrade

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    1. Muita Paz.

      Que bom ter notícias suas.
      Para além de sua atenciosa observação, que tanto agradeço e é de tanta valia, o que importa mais é sua presença e sua vida (com tudo que ama, sonha, memora, constrói, crê e espera).
      Em cada contato destes, por apressados ou descompromissados que sejam, deixamos tanto de nós.
      Obrigado pela visita. A possibilidade deste já bem querido prato ser português é alentosa. Gosto da faiança francesa também e tenho alguma coisa: Ruão, Quimper... Mas tenho predileção pela louça portuguesa. Foi algo que se despertou em mim lentamente, mas hoje não consigo pensar num mundo sem esses, pratos, potes e tanta coisa mais.
      Agradeço pelo bom olhar para o meu Menino da Madeira. Tenho alguns meninos mais e qualquer dia posto para Você me dar uma idéia.
      Quanto às telhas, se não forem SAP, foi mais o próximo que consegui. Por aqui SAP não se encontra em preços módicos. E por aí, se não me engano, o Luis comentou que não é uma louça tão difundida ou procurada.

      Um abração.

      Amarildo.

      PS. Não repare por replicar esta resposta em seu Blog.
      É que por estes dias estou exausto (da mente mesmo) e quero colocar atenção nos posts dos amigos para ter, quando possível, um comentário razoável. Ou pelo menos marcar a visita com um cumprimento cheio de sinceridade. Outro abraço.

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  7. Desculpe einvadir seu espaço , é que tenho telhas Santo Antonio do Porto , e gostaria de vendelas , seouver interesse estou adisposiçao.
    francisco.freitas13@hotmail.com

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