Não sei muito sobre estes pratos: Louça relativamente leve, 24 cm de diâmetro. Decorado com peixe (peixe-gato?) verde e amarelo (bem Brasil) com borda azul.
Penso que aqui se vê o tal "escorrido" do esmalte..
Bem que poderia ser mesmo um azulejo...
Aqui um outro, menorzinho... 20 cm de diâmetro. Decorado com peixe semelhante ao anterior mas com um "avermelhado" nas barbatanas , borda azul.
Verso com respingos de tinta azul.
Somente quatro estrelas...
Um e outro.
Vidrado intenso (não sei se envernizado ultimamente)
Ambos apresentam 3 pequenos riscos equidistantes, por dentro e por fora. Acho que são as famosas "marcas de trempe" referidas pelo Luis (Velharias). Nesta foto, bem ao centro, se vê uma destas marcas (risco).
Bem que poderia ser um terceiro prato. Mas é só um sobre outro... Foram buscados brechós e de feira em feira até que encontrei, pelo menos estes 2, em quase 3 anos de atenção...
Agora os que penso serem franceses... 23 cm de diâmetro, pintado à mão.
Apresentam também as marcas de trempe mas só por fora.
Um passarinho lindo.
Aqui um par. 22 cm. Bem pesados.
E bem fundos.
Se franceses, seriam de Quimper? Tenho 3 pecinhas destas mas são bem mais coloridas e apresentam sempre os camponeses.
Aqui um outro de aparência mais nova. 22 cm.
Esmaltado bem branco.
Mais um par: 22 cm. E têm aparência de que foram cozidos anteontem...
Decorado com casario.
Pequena variação no desenho.
Louça bem pesada, vermelha esmaltada de branco (que ficou meio rosado)
As marcas de trempe são verdadeiras "crateras"...
Boa noite.
ResponderExcluirSobre o primeiro prato que aqui deixa e os círculos azuis que aí constam, deixo-lhe aqui a direção da página de um blog de um amante da faiança que acumula igualmente o papel de fabricante, com oficina instalada na região de Aveiro:
http://oficinadaformiga.com/blog/page/2/
Quanto à coloração mais ou menos alaranjada do vidrado, e ainda segundo esse mesmo especialista e produtor de faiança, dever-se-á à posição da peça na pilha durante a cozedura, e a temperatura a que ela fica sujeita devido a essa posição.
Peço desculpa pela minha intromissão no seu blog, mas poderá consultar muita informação neste blog também, para lá dos que já visita
Manel
Manel,
ExcluirObrigado.
Quanta honra. Vc é muito lembrado pelo Luis, sobretudo quando adquire peças tão desejadas... E mesmo com tanta coisa maravilhosa com que se entreter deu uma olhadinha para meu pobre blog (ainda me deixou um comentário).
Fiz uma visita ao site sugerido: lindas, maravilhosas peças. Mas será que trazem alguma marca? Não vi nenhuma foto do verso das peças. Se encontrasse uma dessas, meio usada, na feira sairia todo bobo pensando ter achado uma querida louça antiga ou pelo menos "velha"... Será que os meus pobres pratinhos são reedições também?
Tenho predileção por Arte Sacra mas estou juntando umas loucinhas, minha segunda paixão.
E Vc não tem um blog? Gosta de Arte Sacra?
Um agradecido abraço.
Amarildo.
Obrigado pela sua resposta.
ExcluirOs pratos que estão nesse blog são fabricados na empresa de que esse senhor é dono, com base em modelos e tradições portuguesas.
Assim, ele consegue mostrar o que produz, sobretudo para o mercado externo, e, ao mesmo tempo, desenvolve padrões antigos portugueses.
É uma feliz combinação.
A fábrica desse senhor denomina-se "Oficina da Formiga", e está ativa na região de Aveiro, como lhe disse antes.
Gosto de tudo o que trate de arte, desde que me seja apelativa.
Não tenho blog, o tempo não me sobra para investir neste campo, pois manter este tipo de coisa é algo que consome muito do nosso tempo livre.
Talvez mais tarde, quando conseguir reformar-me.
Cumprimentos
Manel
Peço desculpa Amarildo, mas creio que não consegui explicar-me bem. O que lhe queria informar é que no blog: http://oficinadaformiga.com/blog/page/2/
Excluiraparece a história dos círculos azuis que estão nos seus dois primeiros pratos. Estes círculos azuis estão relacionados com os chamados "pratos da abundância", e cuja história, que aparece nesse blog, é muito curiosa.
Quanto aos seus pratos, serão antigos e portugueses, com certeza, mas como eles não têm qualquer marca não é aconselhável da minha parte apontar-lhe com segurança qualquer região de fabrico deles.
Claro que se podem colocar hipóteses da região onde foram fabricados, mas não passam disso mesmo, hipóteses.
Cada pessoa tem a sua, mas certezas não há seguramente, e seria abuso da minha parte indicar-lhe aquilo que não sei, e também não conheço ninguém sabedor o suficiente para que lho consiga identificar de forma segura, que é afinal aquilo que gostaríamos todos de saber.
Quem me dera saber onde foram produzidos muitos dos meus pratos ... seria uma felicidade!
Que os seus pratos são muito bonitos pode ter a certeza que o são. Eu gostaria muito de os ter!
Cumprimentos
Manel
Caro Amarildo. Sabe que em tudo nesta vida, o difícil é agradar a Gregos e a Troianos. Neste mundo da faiança não MARCADA é uma agulha no palheiro encontrar a chave da olaria que o fabricou. Há quem como eu se aventure; faço-o por análise cuidada de vários itens: textura da massa, esmaltes, palete de cores, peso, e ainda assim sempre com dúvidas-, mas na esperança que só esmioçando se alcança mais. Quando mais tarde ao observar melhor as peças, seja por comparação, ou outros detalhes que descuidei na 1ª análise, não me oferece pejo de alterar o que inicialmente tinha escrito-, esta mutação parece -me ser crucial, bem melhor de que nada fazer ou dizer mal de quem se entusiama, sendo amadora, mas vigilante-, a fazer fé no pensamento “Eu não me envergonho de corrigir meus erros e de mudar de opinião, porque não me envergonho de raciocinar e aprender” - do grande Alexandre Herculano, polémico e inteligente. Se ele corrigia erros porque razão eu não devo seguir o seu exemplo? Por orgulho… mas orgulho de quê?! Não sou orgulhosa, assumo!
ResponderExcluirNesse pressuposto e na minha teoria lhe digo:
A Oficina da Formiga é de um grande amigo Jorge Saraiva e da sua esposa Milú e fazem há mais de 20 anos REPRODUÇÕES da faiança portuguesa muito bem conseguidas, que a olho nu se percebe se tratar de reprodução assinadas.
Caro amigo as suas peças não são reprodução, são legítimas na antiguidade, antigas, mesmo os últimos pratos que no seu dizer parecem ter saído do forno tem a marca no tardoz da trempe, do escorrido do esmalte e o frete.
O primeiro prato com o peixe, de pargela a azul cobalto, apesar de não marcado é 99,99% produçao do norte da Fábrica Cavaco em Gaia.O mesmo diria para o 2º prato, de outra época à posteior no uso do azul mais esbatido.Tenho posts com galos da fábrica Cavaco e um com um peixe, deles já vi imensos nas feiras e não me oferecem dúvidas a sua catalogação.
Quanto aos que podem ser produção francesa, gostei particularmente do que tem o pássaro, mas nada sei deles para me aventurar no falar.
Os ultimos em casario com o rebordo em "V" a azul podem ser de Coimbra pelo barro vermelho, onde houve muita fábrica a laborar com este barro -, quando se fala em Coimbra é num raio de terras nas redondezas, abrangendo Coja, Carvalhal da Loiça em Nelas, Tavarede na Figueira da Foz e Louriçal na zona de Pombal.
Embora esta barra azul tivesse sido muito pintada pelas fábricas de Aveiro e até Cavaco em Gaia. Alcobaça é que nunca porque tinham o melhor barro branco.
Espero ter sido explicita. Gostei imenso dos seus pratos portugueses.
Fico à espera de mais.
Beijo
Isabel
Amarildo, os pratos que você diz que são mais pesados talvez sejam pó de pedra... Eu percebo essa diferença na louça brasileira, algumas fábricas produziam uma faiança mais leve, parecendo até mesmo serem ocas, outras produziam a louça em pó de pedra, o que deixa a louça muito mais pesada, mesmo que ela tenha o tamanho de uma similar em faiança.
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