domingo, 6 de julho de 2014

GRAVURA: SÉC.XVIII. "EROS" (DO MESMO CRIADOR DE "ÁGAPE")...




(Quanto às fotos já sabem)
Mãos em prece...




Rosto em êxtase.




Só poderia ser mesmo uma
"Súplica de Amor"...




Não por um amor em vão...
Mas Amor de Corpo e Forma...




Uma palma sob o braço nos daria uma Santa...
Um corte no seio, uma Santa Águeda.
E por que sem eles, não?




Gravura (40 cm x 27 cm) adquirida por fotos, não pude ir à exposição do leilão.
Pintor francês, Gravador espanhol, Edição italiana (?)...
Penso que valeu a pena.
E o legal foi ter encontrado boas referências sobre o pintor e gravador.




Como remate um medalhão com pombinhos
sobre facho e flechas.
Aconchegado em peles....






GREUZE, Jean-Baptiste
French painter (b. 1725, Tournus, d. 1805, Paris)




Gravada por P. P. Moles
Pasqual Pere Moles i Corones: València 1741-Barcelona 1797.







Aqui o original de J. B. Greuze
"Votive Offering to Cupid" 1767 (Oil on canvas, 146 x 113 cm)
Wallace Collection, London.




E uma das muitas cópias
GREUZE Jean-Baptiste (d'après) ; DE LAUNAY Nicolas ; DE LAUNAY Robert





"QUE O CRIADOR DO AMOR SEJA SEMPRE LOUVADO
QUER NAS ALTURAS CELESTES, QUER ENTRE OS HOMENS ENCARNADO"...



6 comentários:

  1. Amarildo

    Bela compra. Gostei da estampa, muito ao gosto neoclássico, bem como da sua pequena investigação. As gravuras são sempre uma boa aposta e preferíveis a más pinturas, ainda que originais. O tema é muito profano, mas de vez em quando fica bem uma senhora sumariamente vestida no meio de tantos santos. Introduz um necessário equilíbrio entre a virtude e o pecado.

    Um abraço da Ocidental Praia Lusitana

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    1. Muitíssimo prezado Luis Y,

      Obrigado. Como já disse, este meu gosto pelas gravuras se deve muito a Você e seu cuidado Blog. Não que não tivesse alguma coisa antes ou não apreciasse esta Arte. Mas com seu blog comecei a olhar as gravuras com muito mais atenção e tendo elementos de referência que antes nem notava: época, gravadores, etc.
      Esta foi em conta também.
      Quanto ao tema em questão, concordo que seja profano. Apesar disso, esta gravura fica sim entre tantos Santos. Não tenho uma casa planejada (na verdade de meus pais) com sala assim e assada... Então vamos misturando um pouco. Mas o profano, neste caso o erótico, é um componente do existir tão fundamental e bom em si mesmo quanto o sagrado e o dito 'espiritual". São dimensões complementares que não devem viver em guerra.

      E esta praia lusitana... Se não for só uma expressão, que aproveite bem seu calor, sua brisa e tudo mais de bom que só o mar oferece.

      Um abraço.

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  2. Gosto muito da sua gravura Amarildo. Repare na diferença entre este tipo de gravura e a so século XIX.
    Não acha que ambas diferem como se viessem de mundos diferentes?
    Este tipo de gravura substitui com vantagem outras peças na decoração que até se aquirem por preços muito mais elevados.
    Fez um bom trabalho de pesquisa e fiquei encantado que descobrisse que esta gravura tivesse sido produzida numa cidade que considero como a minha segunda cidade: Barcelona!
    Dentro de algumas semanas estarei em Barcelona, e ali poderei dedicar-me igualmente à busca de gravuras antigas, que as há espalhadas pelos quatro cantos do mundo, visto que é um tipo de arte que caiu em desuso ... ainda bem para os seus amantes.
    Os parabéns pela aquisição
    Manel

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    1. Muitíssimo prezado Manel,

      Obrigado. E quanta santa inveja vendo Você viajar para Barcelona.
      Minha ascendência paterna é da Catalunha mas não conheço nada fora daqui. Um dia talvez.

      Quanto à gravura e às gravuras em geral o que disse ao Luis posso dizer a Você: Um inspirador e iluminador desta Arte tão maravilhosa mas desvalorizada em certo sentido. E no sentido de custo, esta também, que foi bem em conta.

      Você tem toda razão quanto aos processos gráficos usados até o séc. XVIII serem, enquanto Arte, tão mais atraentes, elaborados e belos que os que os sucederam até hoje.
      Pena que ainda não aprendi a manejar bem a câmara (mais um processo) para retratar bem esta diferença que Você e o Luis já haviam mencionado e que agora vou me inteirando mais. Obrigado por esta luz.

      Sobre o gravador: P. P. Moles, por uma simples pesquisa (há uma pequena mas bem documentada biografia) descobri que é espanhol. Mas não sei por que a gravura está em italiano seja a titulação do quadro sejam as referências de pintor e gravador. Ainda tenho muito que aprender.

      Um abraço agradecido.

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  3. Li agora a sua resposta e creio que não entendi bem o que quer dizer sobre a escrita em italiano, pois aquilo que consigo ler na sua gravura, a partir das suas fotografias, está tudo escrito em castelhano.
    "J.B. Greuze lo pintó", "P.P.Moles lo grabó" e "Plegaria al amor" são termos que pertencem à língua castelhana.
    Não sei se por acaso o Amarildo terá feito confusão, pois eu, durante muito tempo, também experimentava alguma dificuldade em distinguir as duas línguas.
    Só a sua última imagem está titulada em francês.
    E para apreciar esta forma de arte não é necessário aprender nada, basta ter a sensibilidade que, sei, o Amarildo possui de sobra.
    Novamente aproveito para lhe dar os parabéns pela aquisição daquilo que considero uma belíssima estampa
    Manel

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    1. Manel,

      Mais uma vez, obrigado. Certamente fiz confusão das Línguas, que aliás não conheço, só pequenos trechos. Bastou ter visto o "g" em "plegaria' que associei a "preghiera" e remeti tudo o mais para o "italiano" em minha latina ignorância.
      Foram dois coelhos de uma vez: uma falha que nem de longe imaginava e por qual motivo estaria grafada em outra Língua que não a do gravador.

      Obrigado pelo retorno. Pura gentileza que, neste caso, foi de efetiva valia. Ficarei mais atento.

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