sexta-feira, 1 de agosto de 2014

LOUÇA PORTUGUESA: SÉC. XVIII-XIX. PEQUENAS JARRAS DE GRANDE BELEZA.



 Despertando para postar... Mas acho que estou sonhando... 

O  par de brincos não deu para pegar, 
Bem antigos, ouro e safiras...
 Mas trouxe para minha Santinha um outro par, 
De graciosas jarras de altar...



2- Mais pertinho.




 3- Mais ainda.




4- Mais.




5- Já deu para ver.




6- Agora juntinhos...
Um par de pequenas jarras de altar.
(Penso que de altares caseiros também pequenos como elas)

 Fico atento  a peças que gosto, que junto e procuro.
Mas jamais pensei em encontrar num leilão de colecionismo um par de vasos desses...
Eles não se encontram nos leilões, nem nas feiras, nem mesmo nos antiquários daqui.
Só por um acaso se encontra uma peça ou outra de faiança portuguesa antiga. 
E quando aparecem já tem o destino dos que podem pagar.
Fui por um par de brincos e por pouco perdia esta grande chance.
E o preço tão em conta... Nem acreditei quando os segurei antes de embrulharem...




Viana, Viana, Viana...
Em pequenas e singelas jarras, 
a grande devoção lusitana.




Uma delas marcada em "preto" (não sei bem o que é "vinoso")




A outra de azul.
Mantive o selo de um antigo dono:
"Coleção T. Leonardos".




Nas bordas pequenas esbeiçadelas...




Um encanto..
.Competindo com um anjo de um lado.




E empatando em beleza, do outro...




Pequenas dimensões:
Altura: 14 cm.
Não sei como permaneceram juntas. 




O verso liso.




Decoradas com Símbolos da Paixão.
Um maravilhoso achado.
Bem que o Luis Y, há um tempo.
Havia previsto este feito.





Aqui um exemplar parecido.
Cabral Moncada:

Link: http://www.cml.pt/cml.nsf/artigos/448E7D8AA1F6DA948025772A005AADA0






"QUE  AS BOAS PREVISÕES SE CUMPRAM
EM NOSSOS HORIZONTES, QUANDO  SE MOSTRAREM CURTOS.
QUE O DEDO DE DEUS DESENHE DE NOVO, NOSSA VIDA, NOSSOS BELOS SONHOS"

13 comentários:

  1. Caro Amarildo,

    As suas jarrinhas são maravilhosas, e ficaram um espectáculo junto de todo o conjunto que tem nesse belo altar. A sua Santa tem também um rosto belíssimo. Isto já para não falar do tão fora de comum par de castiçais em cobre!
    Relativamente ao vocábulo "vinoso", tem a ver com a cor com que o carimbo foi feito, a qual se assemelha muito ao tom do vinho tinto -isto no caso do carimbo mais escuro.
    Não sei se terá conhecimento, mas aqui em Portugal, ainda é relativamente comum encontrarem-se dessa jarrinhas em pequenos cemitérios de província. Antigamente as pessoas levavam para junto dos seus mortos aquilo que de melhor tinham em casa, e houve algumas que por lá ficaram até hoje.
    Os meus parabéns pelo achado!

    Um abraço e continuação de boas aquisições

    Alexandra Roldão

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    1. Prezada Alexandra Roldão,

      Obrigado pela visita e pelo comentário.

      Penso que é sua primeira vez por aqui. Que bom que veio. Fique bem à vontade para comentar sobre o que quiser e quando quiser. Um blog não é um bate-papo (nem consigo acompanhar) tampouco um ensaio ou artigo fechado.. É uma alternativa onde podemos partilhar idéias sobre gostos afins.
      Se gosta de Arte Sacra saiba que é minha preferência. Se bem que as louças estão bem próximas. E neste gosto, vocês, do Velho Portugal, são os "culpados".
      Estas jarrinhas são um encanto. Andava em busca de alguma faiança antiga portuguesa e tive a sorte destas me encontrarem. De Viana tenho também um areeiro bem antigo.
      Quanto aos castiçais (ou tocheiros) embora, nestas fotos, tenham ficado com a cor acobreada, na verdade são de talha dourada. Gosto muito de castiçais, grandes e aos pares. Tenho uns poucos pares e alguns avulsos (que acho uma pena).

      Sobre esta minha Santinha: rodei muitos quilômetros para buscá-la. Mas fiquei com pena quando a vi sem lances em 2 grandes leilões. E quando decidi que devia tentar ficar com ela encontrei uma dificuldade enorme. A história contei aqui:

      http://velhariasdomaurinho.blogspot.com.br/2014/02/imaculada-mae-do-salvador-imagem-baiana.html

      Uma imagem baiana do séc. XIX de um bom porte uns 70 cms. E muito linda, sobretudo o rosto; tão doce como toda mãe deve ter...

      Um abração bem brasileiro.

      Depois vou ver seu perfil e saber se mantem algum blog.

      Amarildo.

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  2. Amarildo

    Parabéns pelas suas jarrinhas. São singelas e bonitas.Para além do seu interesse intrínseco, o facto de estarem marcadas, ainda as torna mais valiosas. Pela policromia apresentada, talvez se possam incluir no segundo período de laboração da fábrica de Darque (1780-1820). Achei curiosa a imagem da jarra vendida pela leiloeira Cabral de Moncada. O motivo não me era estranho: tenho umas muito semelhantes, com as cartelas onde estão inscritos os Símbolos da Paixão de Cristo, decoradas com enrolamentos e folhagens.

    if

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  3. Querida Ivete,

    Obrigado pela visita e comentário.

    Estas peças talvez sejam comuns aí mas aqui não se encontram. Foi um achado. Como já falei, meu primeiro olhar foi para a Arte Sacra e agora me volto para as louças, sobretudo de Portugal. Mas também outras. Fiz um outro achado de meia dúzia de pratos de Talavera ou Manises bem antigos talvez até XVIII. Vou postar quando chegarem (se chegarem inteiros; o Correio daqui quebra tudo) Mas não tenho ainda muita informação. Mesmo das faianças portuguesas de que gosto tanto. Um dia desses havia uns lotes com variados (e penso que bons) livros sobre Mobília, Louça portuguesa, Arte Sacra, Ourivesaria, Casas e Solares... Maioria de Portugal. Mas ficaram tão caros como se fossem as próprias peças descritas. Queria pelo menos algum de faiança. Mas não deu.
    Que bom saber que Você tem dessas jarrinhas. Vou procurar no seu blog e saber se postou sobre elas. Já vi alguma coisa parecida no Luis Y, na Maria A. e na Maria Isabel. E encontrei alguma coisa no CML. Tenho alguns catálogos e fico impressionado como em Pintura, Arte Sacra, Mobília, Louças e Joias suas peças coincidem inteiramente com o que gosto e gostaria tanto de ter por perto...

    Um abração.


    Amarildo.

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  4. Estas jarras não são nada fáceis de encontrar Amarildo. E quando se encontram saem pelos "olhos da cara".
    Foi uma raridade ter encontrado logo um par e, ainda por cima, com a marca de Viana. Neste caso não há que enganar e a atribuição é garantida.
    Também neste último final de semana consegui adquirir uma travessa com marca de Viana, o que muito gosto me deu, pois este tipo de louça é rara.
    Os parabéns pelas peças que encontrou, pois de um verdadeiro achado se trata!
    Manel

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  5. Manel,


    Obrigado.
    Fico pensando com deve ter peças maravilhosas e também uma bela casa onde espalhá-las com todo gosto. Eu vou juntando aqui o que encontro acessível mas moro numa casa que alaga nas enchentes, mais para o final do ano. Por enquanto deve ser assim.
    Mas essas nossas alegrias, achados, etc e também nossas mazelas e contratempos, como minhas enchentes não devem nos alienar da vida em seu todo e por estes dias quanta tristeza a vida passa em Gaza, só para falar do que temos notícias.
    Então voltamos ao nosso mundo próximo e se remendamos cacos e guardamos achados é porque queremos perenes o que temos por bem. E que bem pode ser maior que a vida e a liberdade? Temos tanto a aprender (e a ensinar também).

    Sua travessa deve ser bem bonita. Acho que só vi marcadas peças pequenas de Viana. Tenho alguns catálogos da CML, Leiloeira Corte Real e Palácio do Correio Velho. O site da CML também tem boas imagens e alguns dados das peças.

    Estou para receber uns pratos de Talavera ou Manises bem antigos. Acho que foi um outro achado, mas tenho que ver "na mão" para ter certeza.

    Um abraço.

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  6. Amarildo

    Já quase que não tenho nada a acrescentar aos outros comentários. Já toda a gente disse tudo. Bem feita, por não chegar atrasado!!

    Em todo o caso, nunca é de mais confirmar-lhe que adquiriu duas peças de muito boa qualidade, marcadas e que mesmo aqui em Portugal não são fáceis de encontrar e quando aparecem, atingem preços altos.

    Claro, que estas jarrinhas em sua casa, no outro lado do Atlântico, não estão no Brasil por mero acaso do destino. Elas recordam-nos que as fábricas portuguesas durante a segunda metade do século XVIII e a primeira metade do XIX exportavam muita da sua produção cerâmica para o Brasil. No Minho, Viana tinha um excelente porto de mar para fazer escoar a sua loiça.

    Um abraço e parabéns pelas peças que são estupendas

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  7. Luis,


    Muito obrigado.

    Acho que estas jarrinhas estavam só esperando esse seu olá para ficarem ainda mais contentes... De um certo modo Você ajudou que elas viessem ficar comigo. Desde de que te mandei as fotos de um areeiro (comprado como paliteiro) com um V ao fundo e que recebi sua resposta dizendo ser uma bela especial peça, fiquei atento a tudo que fosse parecido. E a partir dele vieram outras louças, mesmo sem marca, de outras fábricas, como alguns pratos.
    Por estes dias, como já te falei, estão para chegar uns pratos de cerâmica espanhola, eu penso, embora oferecidos como "portugueses" . De fato há peças de determinados períodos que se assemelham muito mesmo.

    Mais uma vez obrigado pela atenção. Que este nosso gosto por "coisas" de gente nos desperte sempre mais para as pessoas e povos, sobretudo em seus conflitos como os que estão na guerra em vez da PAZ.

    Um abraço.

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  8. Caro Amarildo é sempre um prazer revisitar o seu blog para conhecer as novidades que nos partilha de excelsa excelência.
    Sobre as jarras está tudo dito e muito bem.
    Um achado precioso, assinado, riquíssimo que tão bem fica engalanando o seu rico oratório.
    Depois o seu jeito para poeta completa o quadro.
    Parabéns. Adorei-
    Bjos
    Isabel

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    1. Querida Isa,

      Obrigado.

      Vc não imagina o quanto esses jarrinhos e fizeram bem. E foi uma luta para chegar ao local do leilão. E quando chegava acabou a luz, um poste caiu no bairro... Foi muita dificuldade junta. Mas ainda bem que ninguém disputou.

      Um abraço.

      ab

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  9. Meu caro Amarildo,
    Devia-lhe há muito uma visita prolongada ao seu blogue e hoje aqui estou, encantada com as suas jarrinhas em faiança de Viana.
    O facto de serem duas acrescenta ao encanto e são muito adequadas para fazerem companhia à sua Nossa Senhora, tendo como motivo central o símbolo da Paixão. Lindas!
    Eu só tenho uma assim marcada, de que gosto muito e já publiquei no blogue, típicamente decorada com um raminho de flores. Mas estas foram um achado!
    Parabéns pela compra. Um abraço

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  10. Veja aqui a minha jarra de Viana: http://www.artelivrosevelharias.blogspot.pt/2012/10/voltando-viana.html#comment-form
    Exatamente o mesmo formato das suas... mas mais estragadinha.

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  11. Querida Maria A.

    O bom de tudo é que foram bem em conta. E um dia destes apareceu um outro par, um pouco maior, mas não acompanhei por falta de tempo e nem sei por quanto saiu. Mas foi numa outra casa e já estavam puxadas...

    Agora vou ao seu blog, contemplar o que é belo e significativo.

    Um abraço.

    ab

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